INVERSÃO DE PAPÉIS
Eu aguardava em uma sala. O
atendimento começaria em breve. Era a minha primeira sessão. Eu não sabia muito
bem o que esperar, pois nunca tinha ido antes ao psicólogo, mas eu entendo que
era hora de procurar alguma ajuda para aprender mais sobre quem eu era e tratar
minhas angústias.
O ambiente era calmo, a luz
aconchegante, não muito clara e tampouco escura, mas era confortável. O local
cercado de estantes de madeira, cheirava a lustra móvel. Um amigo que indicou o
profissional, me disse que ele era legal e bem atencioso. Fiquei mais tranquilo
ao receber uma recomendação, afinal, tudo que é novo nos assusta um pouco, mas mas
fica mais fácil de enfrentar quando alguém próximo lhe orienta.
Lá estava eu, em uma quarta-feira
à tarde, pronto para me abrir a um desconhecido e despejar todas as minhas aflições.
Em busca de serenidade e autoconhecimento, eu esperava ansiosamente por aquilo.
A ansiedade seria algo que eu precisaria cuidar também, nitidamente, mas
sobretudo, eu queria entender minha sensibilidade espiritual, algo que eu percebia,
mas não aceitava. Era tão confuso...
Na hora exata, o jovem psicólogo
entrou no local, e com um sorriso me desejou boas-vindas. Quando sentou-se na
poltrona em frente a mim, olhou em meus olhos e perguntou como ele poderia me
ajudar. Eu percebi, na mesma hora, que era ele quem mais precisava de apoio.
Com uma troca energética através
de um profundo olhar, senti que ele entendeu o que estava acontecendo. Eu, sem
controle algum sobre minhas ações, levantei, o abracei, e ele começou a chorar.
Não sei se acredito em vidas
passadas ou em espíritos, mas sei que ele começou a me chamar de pai e parecia
estar solucionando algum conflito mal resolvido. Durante todo o meu horário,
ele me usou como ferramenta de cura, libertação, ou algo assim. Eu, que estava
presente ao mesmo tempo que não estava, via tudo acontecer, mas sem poder algum
sobre meus atos.
Quando ele me soltou, estava mais
calmo, e eu então pude sentar. Um alívio tomou conta de meu corpo e entendi que
era mesmo para eu estar lá. Ao cair em si, ele me pediu desculpas e disse que
nada daquilo havia acontecido antes, mas que ele agradecia muito por eu ter
proporcionado tal momento.
Sem me cobrar a sessão, ele me
liberou depois de muito agradecer. Eu estava leve, não conseguia falar quase
nada, mas senti, que de alguma forma, eu havia feito a coisa certa. Entendi que
às vezes, ajudar a curar o próximo, pode ser a nossa própria cura.
Bruno Lopez
Nós só damos aquilo que temos pra entregar!
ResponderExcluirAs vezes é assim mesmo, você se fortalece na enfermidade do outro e a cura é mútua 🙂❤️🙏🏻
Exatamente... disse tudo <3
ExcluirProfundo e verdadeiro.
ResponderExcluirSim. Necessário!!
ExcluirMuitas e muitas vezes somos a cura de muitos. Sendo assim, geralmente ao comparar nossos conflitos com os dos que também estão com problemas. Temos a oportunidade de perceber, o quanto somos importantes e fortes. Infelizmente só acreditamos mesa força, quando vivenciamos a realidade 😢
ResponderExcluir"nessa"
ExcluirIsso é verdade, mas acredito que sempre é tempo de começar a fazer a diferença :)
ExcluirAmei!...Um abraço muda tudo!...O mundo está carente de pessoas assim, que percebem a necessidade do outro!...Show!...❤🥰🤩💋🙌
ResponderExcluirSim, a palavra empatia está na moda, mas na prática nem tanto...
ExcluirUm abraco muda tudo!...O mundo está carente de pessoas assim, que percebem a necessidade do outro!...Amei!...Bjs, querido!...❤🥰🤩💋🙌
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